Esculturas & Pinturas inspiradas em D.Pedro e D.Inês

O amor de D. Pedro e D. Inês

"Um mal que veio por bem..."

Foi em 1345 que D. Constança, mulher de D. Pedro, morreu dando-lhe liberdade para, novamente, se casar e, desta vez, com a sua verdadeira amada, a luz dos seus olhos: D. Inês de Castro.

Mas, não! D. Afonso IV, seu pai, nunca o permitiria. Pressionado pela corte e pelo povo a quem se dedicava, exilou D. Inês de Castro para a terra de Albuquerque, na região entre Castela e Portugal.
Separados os dois amados, nunca conformados com a distância que lhes interpuseram, escreviam cartas de amor que eram distribuídas secretamente com a ajuda de almocreves.

Os almocreves ficaram tão emocionados com tal gesto que, após a morte de Inês e, mais tarde, a morte de D. Pedro, guardaram as cartas como se das próprias vidas se tratasse.

Numa das expedições da nossa turma, em busca da verdadeira essência deste romance, o mais marcante de toda a História de Portugal, encontrámos um dos descendentes directos de um dos almocreves que muito gentilmente nos cedeu o conteúdo de uma das cartas, elucidando-nos que se as buscássemos a todas, teríamos de prosseguir com a excursão e desvendar mistérios.

A primeira carta foi facilmente descoberta, mas e as outras?

Prosseguiremos a excursão assim que pudermos. Entretanto, deleitem-se com esta maravilha: a primeira carta de amor de D. Inês a D. Pedro.
(Observação: as cartas de amor aqui postadas são puramente ficção! São fruto da faceta mais profunda e romântica dos alunos do 10ºF)
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Querido Pedro:


Serei parca em palavras… Tudo o que te quero dizer, já mostrei em actos de amor. Sei a nossa história, por isso te escrevo esta carta: para ser o mais oculta possível, pois tanto eu como tu sabemos que o nosso amor é proibido e, no entanto, tão verdadeiro.

Um dia, por certo, seremos descobertos e todo o conto de fadas acabará! Nunca mais nos voltaremos a ver, a beijar, a viver tantos dos momentos que constroem a minha felicidade, apenas abalada pelas saudades que sinto...
Tento não pensar muito nesse momento. Hoje, quero apenas aproveitar toda esta plenitude de alegria. Sabes que o meu amor por ti é mais do que grandioso e parte de mim morrerá nesse dia. O meu coração, porém, será sempre uma chama acesa. Graças a ti, meu amor.

Até ao nosso encontro.

Com amor,


Inês.
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Ufa! Que trabalheira! Mas finalmente encontrámos a segunda carta de que andávamos à procura. Subimos vales, montes e montanhas. Corremos, passeámos e rastejámos para encontrar esta relíquia em Montemor-o-Velho que, por acaso, foi o sítio onde D. Afonso IV decidiu o destino da bela donzela.
Aqui está a segunda carta de amor de D. Inês para D. Pedro:



Querido Pedro:

Os dias passam leves por mim. O tempo, esse, é o único que fica gravado no meu poço de emoções, na minha muralha de memórias e na fortaleza que eu habito. Fortaleza que tu tão bem conheces, que tu e só tu invadiste.

Tenho saudades, querido Pedro, mas não te peço para voltar, porque mais doloroso que a tua ausência, são as memórias que tendem a enfeitar as minhas muralhas que te vêem partir. Muralhas que envelhecem. Pinturas que escurecem.
Não te peço, mas desespero por rever a tua face! Tenho medo! Porque não deixaste comigo mais do que memórias?

Não sou forte, nunca fui. Aprendi que o amor, tu, me completavas e por isso serias o meu lado forte, o meu único cavaleiro. Tão forte. Tão belo. Tão vigoroso com esses teus cabelos negros, esses olhos… não! Não são olhos os que me despem, são universos únicos que me guardam, relembram e definem o meu corpo. Este meu corpo tão, tão… delicado ao lado das linhas delineadas do teu que me envolve e aquece.

São destas memórias que me alimento. Mas é por ti que choro. Não por fora, pois esse privilégio, exprimir o que sinto, foi-me negado há muito tempo e é por isso que o meu coração virou poço, poço de emoções, que hoje transborda de saudades, de amor, que hoje transborda de e por ti.

Com amor, Inês.


P.S. Volta depressa!
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Querido Pedro…

Com muito amor te escrevo, pois sei que não podemos falar pessoalmente, mas esta carta está escrita com todos os sentimentos que tenho por ti. Sem ti, não conseguiria viver: és o meu sol e a minha estrela. Quero que saibas que te amo muito. Mesmo com esta distância toda, cada vez te amo mais. Quando olho para o céu, sei que estás lá a olhar para mim como uma estrela e de todas a mais brilhante.
Não tenho mais palavras para utilizar nesta carta, pois o nosso amor é tão grande que não existem palavras para explicá-lo. Amo-te muito, meu anjo da guarda.

Tua,
Inês…
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Infelizmente não temos encontrado nenhuma carta de D. Pedro a D. Inês de Castro. Provavelmente ele era muito envergonhado e pediu aos almocreves que as escondessem muito bem! Mas, prosseguindo... encontrámos mais uma carta de D. Inês de Castro para D. Pedro. Deslumbrem-se.


Meu amor:

Escrevo-te esta pequena carta, mas com um enorme significado. Escrevo-te também para saberes o quanto te amo, meu amor.
Esta espera para te encontrar de novo é sufocante... Não vejo o dia de poder dar-te a mão, de poder dar-te um abraço e sussurrar baixinho ao teu ouvido: "Amo-te, meu amor".
És o homem, o único homem que me faz sorrir. És a razão pela qual me orgulho e me levanto todos os dias.

Amo-te, meu querido amor.
Para sempre tua,

Inês